4 Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA) 2013 - Resíduos Sólidos.
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Sedes da Copa do Mundo trocam experiências em gestão de resíduos.

Maranhão (E) e Gaetani: ação integrada na Copa

Encontro possibilita planejamento com base no que foi realizado na Copa das Confederações!

RAFAELA RIBEIRO E TINNA OLIVEIRA.

As cidades-sedes da Copa do Mundo 2014 trocam, nesta quinta-feira (27/03), em Brasília, experiências no gerenciamento de resíduos da Copa das Confederações, realizada no ano passado, e apresentam projetos para o próximo evento, em junho. Os dois dias do encontro, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), proporcionarão aos municípios a oportunidade de conhecerem os acertos e os desafios vivenciados em 2013, além de facilitar o alinhamento entre os governos municipais, estaduais e federal. 

Nos municípios onde não houve jogos da Copa das Confederações, mas que participarão do Mundial, o seminário representa uma chance de, pela experiência dos demais, preverem suas ações de sustentabilidade. “É uma oportunidade de reunião multilateral para o aprendizado de todas as partes envolvidas”, afirmou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Ney Maranhão, durante a abertura do encontro. Segundo Maranhão, o MMA investiu na elaboração desse modelo, que envolve os catadores de material reciclável, construindo uma solução robusta para a gestão dos resíduos durante o evento.

SEGREDO DO SUCESSO

Para o secretário-executivo do MMA, Francisco Gaetani, a dimensão da inclusão é fundamental. “A articulação do governo federal com as cidades-sedes, os estados e as cooperativas de catadores é essencial para o sucesso da Copa 2014”, disse. A coordenadora do Comitê Interministerial para a Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Recicláveis da Presidência da República (CIISC), Daniela Metello, completou que o governo está empenhado na participação dos catadores, com trabalho social justo, que servirá de exemplo a ser perpetuado.

As prefeituras das cidades-sedes apresentaram seus Planos Operacionais de Limpeza e Coleta executados na Copa das Confederações e a adaptação para a Copa do Mundo. Belo Horizonte, por exemplo, tem um projeto de gestão integrada de resíduos para a Copa, com três premissas: cidade limpa, tolerância zero para o lixo e coleta seletiva. Uma das ações consiste na patrulha de fiscalização e monitoramento dos serviços de limpeza a serem executados. As equipes percorrem a cidade, identificando pontos que necessitam de intervenção. Fotografam o local por smartphone ou tablet e acionam a central de serviços, que encaminha funcionários para solucionar o problema, de acordo com as prioridades.

O superintendente de Limpeza Urbana de Belo Horizonte, Sidnei Bispo, convida os cidadãos a participarem da mobilização pela cidade mais limpa. “O melhor fiscal é o cidadão, que pode atuar em parceria com o governo”, afirmou. A prefeitura também realiza uma pesquisa de satisfação da população sobre os serviços prestados pela cidade.

Outro exemplo é a parceria do governo do Distrito Federal com a Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (CENTCOOP-DF). Os catadores, juntamente com estudantes, foram capacitados para realizar ações de educação ambiental durante a Copa das Confederações e outros jogos, orientando os torcedores sobre o descarte adequado. 

Em Recife, durante as partidas, acontece o reforço na coleta seletiva. Na Copa das Confederações, por exemplo, foram instaladas 750 papeleiras para separação dos resíduos. Em Salvador, também há o reforço da coleta seletiva, com a instalação de estações de coleta solidária. A cidade tem a estimativa de receber 500 mil visitantes no período do Mundial.

O encontro continua nesta sexta-feira (28/03), quando as cidades apresentarão seus Projetos de Coleta Seletiva Solidária para se alinharem às políticas do MMA.

Nota sobre a reportagem: "Lavar lixo reciclável é desnecessário e desperdiça água, dizem especialistas."

Prezados (as), boa tarde.

No último dia 9 compartilhei uma reportagem sobre o seguinte tema: "Lavar lixo reciclável é desnecessário e desperdiça água, dizem especialistas." Caso não tenha lido segue o link: http://goo.gl/sjDRLi

Como eu imaginei, gerou um bom debate entre nós profissionais e estudantes da área ambiental. Foram muitas opiniões sobre as informações contidas nessa reportagem. Sendo assim, decidir solicitar uma opinião do Mncr - Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, que na minha visão de profissional é uma fonte mais segura. Com a autorização, compartilho com vocês a opinião e orientações do Mncr quanto a este assunto.



Desde já agradeço ao Mncr- Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis por toda a atenção dada a mim e informações compartilhadas. Recomendo que todos aqui na página acompanhe-os diariamente.

Opinião de Franklin Oliveira:

É importante manter o hábito de lavar os materiais recicláveis (resíduos) para armazenar temporariamente dentro de casa até o envio para as cooperativas. Não é preciso realizar uma grande lavagem, apenas algo breve conforme orientações do Mncr. Para isto, pode-se utilizar a água de reuso (reutilizar a água das louças, da chuva, etc), deste modo diminuiremos o desperdício da água. Sobre os coletores de reciclagem, discordo completamente sobre o que a reportagem diz. As "Lixeiras Coloridas" como muitos conhecem, são instrumentos essenciais para o processo de Educação Ambiental em nosso País e recomendo que todos continuem segregando (separando) os resíduos de acordo com as cores da reciclagem. Me encontro a disposição para tirar dúvidas ou repassar mais informações sobre o assunto.


Att,

Franklin Oliveira

F.C.O - Técnico & Gestor Ambiental

Lavar lixo reciclável é desnecessário e desperdiça água, dizem especialistas.

Itens descartáveis já são lavados quando chegam em cooperativas.
Confira dicas sobre como separar os resíduos para reciclagem.

Eduardo Carvalho
Do G1, em São Paulo

Trabalhadores separam lixo em cooperativa de reciclagem que fica no bairro de São Mateus, Zona Leste de São Paulo (Foto: Hélvio Romero/Estadão Conteúdo)

Quem tem o hábito de lavar o lixo doméstico antes de destiná-lo à reciclagem está gastando água com algo desnecessário, explicam especialistas ouvidos pelo G1. Lavar itens como caixas de leite longa vida, potes de iogurte, garrafas PET ou de vidro para retirar restos de alimentos não ajuda no processo de reciclagem e gera mais esgoto – que muitas vezes não é coletado e tratado. Esses materiais de qualquer forma serão novamente lavados quando chegarem às cooperativas, onde ocorre o processo de separação do papel, plástico, vidro e metal, que, posteriormente, serão destinados às indústrias de reciclagem.


“Em qualquer processo de reciclagem, o resíduo será submetido a um processo de higienização. Não há necessidade de uma lavagem aprofundada do material”, explica Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

A melhor maneira de preservar o lixo reciclável dentro de casa de maneira higiênica (sem uso de água), até que passe o caminhão para recolher, é guardá-lo em recipientes fechados, que evitam o surgimento de moscas e a emissão de odores, explica Emilio Maciel Eigenheer, especialista em resíduos sólidos.

Brasil, um país de lixões

Apesar de a lavagem de material reciclado ser um desperdício de água, quando se trata do tratamento de resíduos sólidos, esse problema ambiental ainda é pequeno em comparação com a existência de quase 3 mil lixões. O país ainda recicla apenas 1,4% das 189 mil toneladas de lixo que gera por dia. Segundo o governo federal, dos 5.564 municípios brasileiros, somente 766 fazem coleta seletiva.

Apesar de a reciclagem no país ser um mercado bilionário – em 2012 a coleta, a triagem e o processamento de materiais em indústrias geraram faturamento de R$ 10 bilhões – o Brasil perde R$ 8 bilhões ao ano ao enterrar, em aterros e lixões, materiais que poderiam ser reciclados.

Os dados são do Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), associação dedicada à promoção da gestão integrada do lixo. Mas esses números podem mudar com a implantação da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída em 2010 e que tem previsão para entrar em vigor a partir de agosto deste ano.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os instrumentos da PNRS (que eliminam de vez todos os lixões e obriga as prefeituras a instalar aterros sanitários) ajudarão a alcançar o índice de 20% na reciclagem de resíduos já em 2015.

Para Silva Filho, mesmo a lei entrando em vigor ainda vai faltar ao governo investir na educação da população para o tema da reciclagem. Segundo uma pesquisa feita pela Abrelpe com 2 mil pessoas, 88% dos entrevistados se disseram favoráveis e propensos em ajudar o meio ambiente por meio da separação de resíduos. Porém, todos alegaram que não receberam orientação de como fazê-la.

“Falta orientação para esclarecer dúvidas básicas, como se eu preciso lavar o pote de margarina ou se posso jogar o papelão que veio a pizza, mesmo com gordura, para a reciclagem. Isso acaba prejudicando o sistema de coleta seletiva. O poder público tem que dar essa instrução”, explica.

Cestos coloridos não funcionam

O cesto azul é para jogar o papel. No vermelho, vai o plástico. O verde é para o vidro e o amarelo é para o metal. Isso é o que muitas vezes se aprende a respeito da reciclagem. No entanto, essa separação não funciona de fato no Brasil, pois o lixo chegará na cooperativa e será misturado.

Segundo os especialistas ouvidos pelo G1, a implantação das lixeiras coloridas foi uma tentativa de trazer para o país o hábito da reciclagem da forma como foi criado e consolidado em países desenvolvidos, onde a coleta ocorre por item.

No Japão, por exemplo, há um calendário para recolhimento de cada material reciclável, algo que no Brasil estaria fora de cogitação devido ao custo elevado da coleta multifrações, como é conhecida a técnica, que custa de quatro a seis vezes mais que a coleta dual, quando o lixo é separado apenas em reciclável e orgânico.

"O ideal é separar o lixo seco [aquele que pode ser reciclado] do lixo úmido [materiais orgânicos como restos de comida e materiais não recicláveis, como papel higiênico] e deixar o resto para a cooperativa fazer", explica Sandro Mancini, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e especialista em reciclagem de resíduos sólidos.

"[Ter os cestos coloridos] é um gasto extra e um desestímulo à população, que quando vê esse monte de lixeiras coloridas, acaba misturando todo o lixo e colocando-o em um único cesto. Precisamos repensar essa medida", aponta Silva Filho.


MMA oferece curso sobre plano de gestão integrada de resíduos sólidos.

Foto: Abinee Alexandre Comin/MDIC
Maranhão: tema atual

Gestores e técnicos poderão se inscrever a partir desta quarta-feira (05/02). Há mil vagas!

RAFAELA RIBEIRO

A partir desta quarta-feira (05/02) estão abertas as inscrições para a segunda edição do Curso para Elaboração de Plano Simplificado de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PSGIRS). As inscrições podem ser feitas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), endereço ava.mma.gov.br, até o dia 26 ou até atingir a disponibilidade de mil vagas. Será ministrado entre os dias 6 de março e 9 de abril, com 20 horas/aula e acompanhamento de tutores do Ministério do Meio Ambiente.

O público-alvo são técnicos municipais e demais profissionais interessados em desenvolver soluções para o desenvolvimento do Plano Simplificado de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para municípios com população abaixo de 20 mil habitantes. Contempla sugestões metodológicas com o objetivo de permitir que os técnicos de uma prefeitura possam desenvolver a maior parte ou a totalidade do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, conforme conteúdo mínimo do artigo 51, Decreto n° 7.404, de 23 de dezembro de 2010.

PARTICIPAÇÃO

“O curso é oportuno, pois permite a capacitação de técnicos e gestores locais num tema de grande atualidade, a respeito do qual, os municípios terão que dedicar uma atenção especial”, afirmou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Ney Maranhão. É necessário que os municípios desenvolvam seus planos de gestão integrada de resíduos sólidos capazes de equacionar o enfrentamento desta questão nos seus territórios.

A implantação de um plano de gestão trará reflexos positivos no âmbito social, ambiental e econômico. Deverá diminuir o consumo dos recursos naturais; proporcionar a abertura de novos mercados, gerando trabalho, emprego e renda; conduzir à inclusão social e diminuir os impactos ambientais provocados pela disposição inadequada dos resíduos.

Apresentação do Plano Intermunicipal de Sensibilização Ambiental.


O paradigma da gestão dos resíduos sólidos urbanos mudou radicalmente em 10 concelhos ribatejanos. Esta recente (r)evolução do “lixo” em resíduos, ou melhor, em recursos, será revista no dia 11 de Fevereiro num seminário promovido pela RESITEJO para consolidar dinâmicas intermunicipais de comunicação e de sensibilização ambiental.

A RESITEJO vai apresentar o Plano Intermunicipal de Sensibilização Ambiental aos executivos municipais e aos presidentes das Juntas de Freguesia da sua área de intervenção. O convite estendeu-se a dirigentes e técnicos municipais das divisões do Ambiente, da Educação, da Comunicação (e outras áreas relacionadas) e a outros parceiros locais de sensibilização. O evento terá lugar no Auditório da Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, em Torres Novas.

Este seminário irá enquadrar as dinâmicas de sensibilização do sistema no âmbito do Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos, o PERSU 2020, e apresentar a “Missão Reciclar” (de âmbito nacional e que passará na região em 2015), com a presença e o contributo do Presidente da EGSRA – Associação de Empresas Gestoras de Sistemas de Resíduos, Domingos Saraiva, e do Director de Marketing da Sociedade Ponto Verde, Mário Raposo. Pretende-se assim reforçar a divulgação das dinâmicas previstas para o próximo biénio.

Todos devem saber o que acontece aos resíduos entregues nos ecopontos, ecocentros e nos contentores indiferenciados da região, e que são depois processados pela RESITEJO. Para além das visitas ao complexo e/ou ecocentros, o sistema irá promover ações de sensibilização externa com o apoio de parceiros locais.

Em 2013, foram tratadas mais de 80 mil toneladas oriundas dos lares da zona de intervenção da RESITEJO, o que significa que cada munícipe produziu diariamente cerca de 1 kg de RSU o qual deve ser aproveitado da melhor forma possível.

Fonte: Naturlink
Mais informações: Cm Torres Novas

Salvador - BA: Limpurb terá fiscais para multar quem jogar lixo nas ruas.

Homem é flagrado jogando lixo fora do contêiner no bairro do Itaigara.

A presidente da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), Kátia Alves, revelou, ontem, que agentes vão atuar em motocicletas para fazer cumprir a lei que prevê multa para quem jogar lixo nas ruas da capital.

Segundo ela, o decreto que regulamenta a lei que dispõe sobre a proibição deverá se assinado pelo prefeito ACM Neto até o final deste mês.

Conforme Kátia, a lei, sancionada em dezembro, continua sendo discutida por uma equipe formada por representantes da Procuradoria Geral do Município (PGM) e de secretarias municipais, como as de Ordem Pública, Fazenda e Cidade Sustentável.

Kátia disse que o valor real da multa e a forma como será aplicada ainda não estão definidos. De concreto, só o número de agentes que vão trabalhar na fiscalização.

"Vamos contratar 40 agentes terceirizados que, somados às 20 equipes já existentes, serão distribuídos pela cidade. O edital já está pronto e aguarda a assinatura do decreto para ser lançado. Eles vão atuar em motos, o que vai facilitar o trabalho", disse.

Flagrante

Enquanto a lei não começa a vigorar, alguns bairros da capital baiana continuam como verdadeiros depósitos de lixo a céu aberto.

Na Itaigara, a equipe de A TARDE flagrou um funcionário de uma lanchonete depositando restos de alimentos em uma encosta, ao lado de um contêiner próprio para o descarte de lixo.

Consulta Pública “Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo”


“Consulta Pública “Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo”

A Coordenadoria de Planejamento Ambiental juntamente com técnicos e especialistas da CETESB, SMA e membros da Comissão Estadual de Resíduos Sólidos elaboraram a versão preliminar “Panorama dos Resíduos Sólidos no Estado de São Paulo” como primeira etapa de construção do Plano Estadual de Resíduos Sólidos. Este texto preliminar está aberto para consulta pública do dia 16 de janeiro até 30 de abril de 2014 no site da SMA.

O objetivo da consulta é colher pareceres e opiniões sobre as informações coletadas e análises feitas pela equipe sobre a situação atual dos resíduos sólidos do Estado de São Paulo e assim, propor diretrizes e metas na formulação do Plano Estadual.

O Panorama dos Resíduos Sólidos aborda o diagnóstico atual da gestão dos resíduos urbano, construção civil, saneamento, saúde, transporte, agrossilvopastoris, industriais, mineração, além de dados de responsabilidade pós-consumo, áreas contaminadas e educação ambiental aplicada aos resíduos.

A fim de facilitar nas contribuições da sociedade, o texto “Panorama dos Resíduos Sólidos” está estruturado em capítulos, por tipo de resíduo e as linhas enumeradas.

Download do Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo – versão preliminar
Formulário para as contribuições

Cruzeiro é flagrado jogando lixo em águas brasileiras.

ollelammers/Creative Commons

*Colaborou Jéssica Miwa

Destinos paradisíacos são muito visados por viajantes durante as férias. Mas, às vezes, esse privilégio custa caro para o meio ambiente e - o que é pior - nem ficamos sabendo. Em dezembro, o empresário Sérgio da Silva Oliveira partiu para uma aventura que durou 19 dias em alto mar: um cruzeiro que partia de Genova, na Itália, com destino ao porto de Santos.

A viagem tinha tudo para ser inspiradora, a não ser por um flagrante inesperado. Segundo o passageiro, durante as madrugadas, sacos de lixo foram arremessadas irregularmente pelo navio na costa brasileira, próximo ao arquipélago de Fernando de Noronha. Oliveira filmou toda a ação do 10º andar do navio, onde estava hospedado.

Veja o vídeo da reportagem realizada pelo SBT, com as imagens do descarte do lixo feitas por Sérgio:



Em nota, a MSC Cruzeiros - responsável pelo navio - afirmou que segue práticas de acordo com normas brasileiras e internacionais e que "desconhece qualquer violação". A empresa se comprometeu a realizar investigação interna e garante que comunicarão assim que sair o resultado. Caso a responsabilidade seja confirmada, serão providenciadas medidas necessárias para que o acontecimento não se repita. Ainda em comunicado oficial, a MSC reforça preocupação ambiental e detalha procedimento padrão da empresa no manejo de resíduos sólidos, que vai de acordo com exigências internacionais.

Tire as suas dúvidas sobre: Coleta Seletiva e a Reciclagem!


O que é Coleta Seletiva?

Segundo o art. 3o inciso V da Lei nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010,  é a coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição.

O que é Reciclagem?

De acordo art. 3o inciso XIV da Lei nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010, define a reciclagem como o processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos.

Código de Cores da Coleta Seletiva

O Art.1o da Resolução CONAMA nº 275 de 25 de Abril 2001, estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

Como segregar/separar os Materiais Recicláveis

Quando falamos em resíduos sólidos, estamos nos referindo a algo resultante de atividades de origem urbana, industrial, de serviços de saúde, rural, especial ou diferenciada. Esses materiais gerados nessas atividades são potencialmente matéria prima e/ou insumos para produção de novos produtos ou fonte de energia.

Ao segregarmos os resíduos, estamos promovendo os primeiros passos para sua destinação adequada. Permitimos assim, várias frentes de oportunidades como: a reutilização; a reciclagem; o melhor valor agregado ao material a ser reciclado; a melhores condições de trabalho dos catadores ou classificadores dos materiais recicláveis; a compostagem; menor demanda da natureza; o aumento do tempo de vida dos aterros sanitários e menor impacto ambiental quando da disposição final dos rejeitos.

Os catadores de materiais recicláveis receberam uma atenção especial na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), pois serão priorizados para acesso aos recursos e o Governo Federal estimula os municípios a implementarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou associação de catadores de materiais recicláveis, constituída por pessoas de baixa renda. Também prioriza a participação dos catadores nos acordos previstos para viabilizar a logística reversa. Dessa forma, a campanha Separe o Lixo e Acerte na Lata tem o objetivo de facilitar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis e, consequentemente aumentar o nível de reciclagem no Brasil.

Confira mais informações sobre: Coleta Seletiva e a Reciclagem

Ricardo Abramovay e a riqueza do lixo.

Em 2014, a Política Nacional de Resíduos Sólidos entrará em vigência e, com ela, uma nova era para o destino do lixo e a forma como o descartamos. O sociólogo Ricardo Abramovay, que lançou publicação sobre o tema este ano, comenta como isso deve acontecer, destacando a urgência de frear o consumo de recursos naturais e estimular a reciclagem.

Afonso Capelas Jr. e Matthew Shirts
Especial Lixo National Geographic - 12/2013

Alexandre Severo

Responsabilidade compartilhada, poluidor-pagador, logística reversa. Daqui em diante vamos conviver com esses e outros termos até agora estranhos. Eles passam a fazer parte do cotidiano dos brasileiros e revelam uma nova era na destinação do lixo, com o início da vigência, a partir de meados de 2014, da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Ela prevê o fim dos malcheirosos lixões a céu aberto e a certeza de que a sociedade terá papel decisivo na destinação adequada do lixo. Inclusive o cidadão comum.

Quem revela o significado dessas expressões e como será a vida quando vigorar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é Ricardo Abramovay, professor de economia da Universidade de São Paulo especializado em desenvolvimento sustentável

Sobre o tema, ele e colegas lançaram o estudo Lixo Zero – Gestão de Resíduos Sólidos para uma Sociedade Mais Próspera, disponível em formato digital pelo Planeta Sustentável (que lançou Muito Além da Economia Verde, de sua autoria, em 2012), do qual é conselheiro. O economista alerta que se deve frear a exploração dos recursos naturais e estimular a reciclagem: “Lixo é riqueza, não pode ser desperdiçado”.

Qual é o ponto crucial da Política Nacional de Resíduos Sólidos?

É a chamada responsabilidade compartilhada. Ela sinaliza que estamos todos incumbidos de dar destinação correta ao lixo produzido: as prefeituras, os governos estaduais e federal, as empresas e o próprio consumidor. É importante delimitar em que consiste o compromisso de cada um; sobretudo, saber quem paga a conta. Para o consumidor, a responsabilidade compartilhada exige que ele separe seu lixo, preparando-o para a reciclagem, sob pena de multa. A lei prevê também o conceito da responsabilidade estendida. Com ela, o produtor ou o importador (denominados poluidores-pagadores) terão de responder pelo envio apropriado dos rejeitos do que venderem ao consumidor final, incluindo a estruturação da logística reversa – o recolhimento e a devida reciclagem desses produtos pós-consumo –, para que tenham destinação mais adequada que não os aterros.

Mesmo os aterros controlados não são apropriados?

Nosso objetivo tem que ser lixo zero, ou seja, um processo de inovação que leve sempre à reutilização dos materiais. Mas para aquilo que tiver que ser descartado, o aterro sanitário, como o prevê a lei, é a solução menos danosa para a sociedade. O aterro controlado não é adequado e tem o agravante de gerar mais gases de efeito estufa que o próprio lixão.

Será preciso fazer campanhas para conscientizar o consumidor?

Sim. A experiência internacional mostra que o consumidor só faz a parte dele quando recebe boa educação ambiental. Na Europa, as empresas gastam muito dinheiro com publicidade pedagógica, e aqui será preciso fazer o mesmo. Também é necessário ter um sistema de coleta coerente com essa nova obrigação do consumidor. Em muitas cidades brasileiras é frequente as pessoas mais conscientes fazerem a triagem de seu lixo domiciliar e depois constatarem que o caminhão da coleta mistura todos os rejeitos de novo. Isso desmoraliza o processo. É mais um fator institucional, que precisa ser organizado de forma coerente nos municípios por três atores importantes: as prefeituras, os catadores e as empresas.

O senhor concorda com o pagamento de uma taxa sobre os resíduos produzidos pelo consumidor?

É polêmico, mas creio que essa deva ser outra responsabilidade das pessoas. Na cidade de São Paulo, a taxa chegou a ser cobrada, anos atrás, e depois foi suspensa. Houve o erro de demonizar essa cobrança, e sua suspensão foi tratada pelos paulistanos como uma vitória da cidadania. Mas a taxa do lixo continua sendo paga, agora embutida no imposto predial e territorial urbano (IPTU). Sem a cobrança explícita, as prefeituras não podem premiar quem faz a separação correta de seu lixo nem oferecer incentivos às pessoas que produzem menos resíduos e promovem a reciclagem.

Quem irá financiar o sistema de logística reversa?

Serão os fabricantes e importadores; por isso, agora são chamados de poluidores-pagadores. O sistema já é praticado, de forma eficiente, no Brasil, com pneus, embalagens de óleos combustíveis e de agrotóxicos, além de baterias automotivas. Esses cinco setores privados organizam e pagam os custos da coleta e da reciclagem dos produtos, antes mesmo da nova lei. Em meus tempos de criança, o que mais se encontrava nos rios Pinheiros e Tietê, em São Paulo, eram pneus velhos. Hoje, eles são reciclados. Há uma agência chamada Reciclanip responsável por essa tarefa. No caso das embalagens de agrotóxicos, o setor gasta R$ 80 milhões por ano para organizar sua logística reversa. A dificuldade maior está em produtos com venda descentralizada e descarte domiciliar.

Quais são esses produtos?

São embalagens em geral, desde latinha de bebida até garrafa PET e caixinha longa-vida. Nesse ponto, a lei quer aguardar o que os respectivos setores têm a dizer. Aí, há uma queda de braço entre fabricantes e governo: a proposta das empresas é apenas auxiliar com recursos financeiros os catadores de rua, oferecendo a eles infraestrutura para melhorar o trabalho e a produtividade.

E só. No entender desses fabricantes, a tarefa de coleta e logística reversa ficaria a cargo das prefeituras, com os catadores.

A alegação é de que não é possível ir aos domicílios recolher as embalagens descartadas. Acontece que esse tipo de argumento está enfraquecido. Ao contrário do que propõem no Brasil, essas mesmas empresas se comprometem com o pagamento da logística reversa nos países desenvolvidos.

Essa responsabilidade empresarial deve ser cada vez maior?

Sim. A responsabilidade estendida não pode mais ser vista como excesso ambientalista ou exagero. É uma tendência de comportamento das grandes marcas globais. As empresas cada vez mais começam a pensar em sua cadeia de valor como um todo, e a reciclagem faz parte dessa crescente preocupação.

E o caso de pilhas, lâmpadas e eletroeletrônicos, que contêm substâncias tóxicas?

A logística reversa de produtos de difícil manuseio e com grande potencial tóxico também será responsabilidade financeira do fabricante ou do importador. Mas ninguém sabe ainda como se organizará a reciclagem. Isso porque a lei brasileira foi sábia em esperar os próprios fabricantes fazerem suas propostas como ponto de partida. O governo está recebendo essas sugestões.

Qual é a tarefa de prefeituras, estados e União com a PNRS?

As prefeituras continuarão respondendo pelo recolhimento do lixo domiciliar e, em parte, pela coleta seletiva porque são elas as primeiras responsáveis pelos resíduos gerados em seus municípios. Portanto, se esses resíduos serão recolhidos por organizações de catadores – além do trabalho das empresas de coleta contratadas –, deverá haver um acordo entre as partes constantes nos chamados planos municipais de gestão de resíduos sólidos. O problema é que, pela nova lei, as prefeituras já deveriam ter elaborado seus planos, e, hoje, menos de 10% delas têm eles prontos. Se não o fizerem, deixarão de receber os recursos para organizar seus sistemas de coleta. Isso revela como o poder público está atrasado, porque a base ainda não fez sua lição de casa. 

Além disso, por questões legais, municípios com menos de 15 mil habitantes não podem ter aterros sanitários. Portanto, será preciso montar consórcios municipais e criar aterros conjuntos, o que, é certo, trará dois problemas. Primeiro, o orçamento do lixo no país tem a tradição de ser grande financiador de campanhas eleitorais. Assim, é muito difícil partilhar esse orçamento com outras prefeituras, até porque isso só pode ser feito sob absoluta transparência, o que não é o que vigora no Brasil. Segundo, há aquela velha questão do “no meu quintal, não”. Ninguém vai querer um aterro em sua cidade. Resumindo: os consórcios necessários para acelerar essa transição dos lixões para os aterros sanitários ainda estão muito atrasados e será uma grande dificuldade implementá-los. Hoje, no Brasil, pouco mais de 40% de todo o lixo tem destinação inadequada. A grande maioria está em cidadezinhas das regiões Norte e Nordeste do país. 

Os estados também terão papel fundamental, mas, assim como as prefeituras, os estados do Norte e do Nordeste ainda não têm planos concluídos. Por fim, o governo federal está implementando a lei, tem recursos destinados para tal, mas o dinheiro está bloqueado, pois a maioria das prefeituras e muitos estados não fizeram a lição de casa. Esse cenário fortalece a tese de que é preciso haver maior responsabilidade do setor privado. Não se pode esperar que o poder público conclua suas pendências com rapidez e facilidade, porque isso não vai acontecer.

Como resolver a questão dos catadores? Melhor tê-los regularizados ou dar a eles atribuições mais dignas?

O melhor é tê-los regularizados. A cidade de San Francisco, nos Estados Unidos, tem 800 mil habitantes e dois mil catadores de resíduos sólidos regularizados e equipados. É um trabalho digno. O serviço ambiental que essas pessoas prestam à sociedade é inestimável. No Brasil, quem faz esse trabalho é vítima das piores formas de exclusão social; por isso, associa-se essa tarefa à degradação, quando não deveria ser assim. Em uma sociedade saudável, em que não há trabalho indigno, é preciso ter uma forma de coleta destinada à reciclagem como a dos catadores.

As associações de catadores estão procurando organizar a categoria, mas a grande maioria deles está na informalidade.

Incinerar lixo para gerar energia pode ser um bom modelo?

Estudo recente compara biodigestores e incineradores convencionais. Biodigestores são mais adequados na produção de energia porque funcionam só com resíduos orgânicos, deixando os inorgânicos para reciclagem. É preciso comparar o valor potencial que provém da reciclagem com o valor do que é incinerado para produzir gás e gerar energia. Mesmo que haja vantagem ambiental e econômica em incinerar, não considero como a melhor solução. Queimar resíduos pode ser um estímulo ao desperdício para uma sociedade que ainda cultua o vício do “jogar fora”. Nós, brasileiros, e também os americanos somos sociedades assim. A vantagem de optar pela reciclagem é que esse fator incidirá também na concepção dos produtos. Até agora, não vi nenhum caso no Brasil de empresa que, com base na PNRS, tenha modificado o desenho de seus produtos em função da necessidade de facilitar a separação dos diferentes materiais para a logística reversa.

No Brasil, a quantidade de resíduos aumenta de forma vertiginosa à proporção do crescimento econômico. Como estancar isso?

Com o aumento na renda, a quantidade de lixo também cresceu. Não há orientação na publicidade ou nas políticas de crédito ao consumidor no que diz respeito ao destino do lixo. Dados recentes apontam que cada ser humano consome 10 toneladas por ano de recursos naturais. É a nossa chamada pegada material, e ela só faz aumentar: no início dos anos 2000, foram extraídos 60 bilhões de toneladas de matéria orgânica, minérios e combustíveis fósseis. Em 2008, esse número saltou para 70 bilhões de toneladas. Esses recursos não são infinitos. Se não tivermos inteligência para usar o que foi retirado do planeta, chegará o momento em que não teremos mais de onde tirar.

F.C.O - Técnico & Gestor Ambeintal - Eco Pontos - Óleo Vegetal

Ecoponto - Óleo Vegetal - Shopping Piedade
Salvador - Bahia

Passando ontem pelo Shopping Piedade aqui em Salvador, acabei encontrando um Eco Ponto para Óleo Vegetal (óleo de cozinha) do lado de fora do shopping que dar sentido ao Barris. 

Não só no Piedade, mas existem vários estabelecimentos em Salvador e regiões metropolitanas que recebem este material. Quem tiver interesse pode conferir em meu site na página: http://franklinoliveira.wix.com/fcotga#!oleo-de-cozinha/c19e8

Através de uma parceria entre o F.C.O-TGA e a Ecóleo - Associação Brasileira para Sensibilização, Coleta e Reciclagem de Resíduos de Óleo Comestível, na página também é possível localizar ecopontos em outros estados.

Quantidade de lixo vai determinar valor de multa para sujões.


O valor da multa para quem descartar lixo em local inadequado será fixado a partir da quantidade, ou seja, quanto mais se sujar as ruas da cidade, mais vai se pagar. É o que prevê a Lei nº 8.512/2013, publicada ontem no Diário Oficial do Município, após sanção do prefeito ACM Neto.

De acordo com a secretária municipal da Ordem Pública, Rosemma Maluf, a partir de janeiro, um grupo de trabalho será montado para discutir a regulamentação da lei, como o valor das multas. O prefeito ressaltou que vai haver um investimento na informação e educação das pessoas.

“Claro que é preciso primeiro dar um prazo para a educação, para a aculturação das pessoas e, só depois, a gente começa a aplicar definitivamente as penalidades”. A primeira fase, de cunho educativo, deve ficar a cargo da Secretaria de Cidade Sustentável.

Fonte: Correio

Salvador Bahia - Prefeito sanciona lei que multa quem jogar lixo nas ruas da cidade.

Caso não consiga visualizar a notícia completa, solicito atualizar a página (F5). 

Att, Franklin Oliveira.


O prefeito ACM Neto (DEM) sancionou, ontem, a lei que cria uma multa a ser paga por quem for flagrado jogando lixo em local inapropriado na cidade. Segundo a secretária municipal da Ordem Pública, Rosemma Maluf, a fiscalização deverá ficar sob a responsabilidade da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), autarquia da Semop. “Estamos analisando quem serão os agentes públicos que terão poder de polícia administrativa para aplicar a multa”. 

Rosemma não descarta que a Guarda Municipal poderá fazer esse papel. “Mas com uma cidade tão grande, quanto mais agentes de fiscalização tivermos, melhor, para que a lei tenha efeitos práticos em Salvador ”, comentou a titular da pasta.

Rosemma não confirmou se houve veto do prefeito ACM Neto para o valor indicado no projeto de lei, que é de autoria do vereador Marcell Moraes (PV) e que foi aprovado na Câmara Municipal em outubro. “Ainda não temos um valor definido”, disse. 

O projeto aprovado pela Câmara e analisado pela Procuradoria Geral do Município prevê, porém, que quem descumprir a regra pela primeira vez será notificado e receberá uma advertência verbal. Em caso de reincidência, o cidadão ficará obrigado a realizar atividades socioeducativas com ênfase em atividades ambientais. 

Caso a pessoa receba uma terceira notificação, a multa será no valor de R$ 400. A Assessoria Geral de Comunicação da prefeitura garantiu que haverá campanhas de conscientização antes do início da aplicação das multas, ainda sem data definida.

Fonte: Correio

Prefeito que não acabar com lixões pode ficar cinco anos na cadeia.


Victor Longo 
victor.longo@redebahia.com.br

O prazo para os prefeitos de todo o Brasil acabarem com os lixões e tomarem outras providências relacionadas à gestão do lixo produzido nos municípios que governam está logo ali. Por determinação da Lei Nacional de Resíduos Sólidos (nº 12.305/2010), de autoria do Ministério do Meio Ambiente, os gestores municipais devem elaborar, até 2 de agosto do ano que vem, um plano de gestão integrada dos resíduos sólidos, focado no fim dos lixões e construção de aterros sanitários, além de implantar a coleta seletiva e promover a educação ambiental. A nova lei prevê ainda aos municípios regular o setor produtivo quanto ao manejo e disposição final dos resíduos e promover a inclusão social dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.

No entanto, a realidade dos municípios baianos e depoimentos de prefeitos entrevistados pelo CORREIO mostram que dificilmente as determinações da lei serão cumpridas dentro do prazo, o que pode acabar complicando a vida dos gestores. É o que afirma a promotora de Justiça Coordenadora da Câmara Temática de Saneamento do Ministério Público do Estado da Bahia (MPE-BA), Karinny Guedes. “Após o prazo, os prefeitos poderão ser responsabilizados judicialmente, inclusive, por prática do crime. O desejável é que (os prefeitos) se conscientizem não só das imposições legais, como também das nefastas consequências aos munícipes da existência dos famigerados lixões”, afirmou.

A promotora lembrou que a legislação atual prevê duras sanções aos gestores negligentes. “A Lei n° 12.305/2010, o Decreto nº 7.404/2010 e a Lei nº 9.605/98 preveem sanções como multa e prisão para os gestores municipais que descumprirem a legislação atual. Mas a aplicação de tais penalidades depende da constatação de que a omissão do gestor é injustificada”, adianta. De acordo com Karinny Guedes, as multas variam de R$ 5 mil a R$ 50 milhões e a pena de prisão prevista para o crime é de um a cinco anos de reclusão.

Lixões 

A realidade baiana é bem distante da situação ideal desenhada pela lei. Apesar de ter sido sancionada em 2010, segundo dados da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), cerca de 80% dos municípios do estado ainda têm como disposição final os vazadouros a céu aberto, como são tecnicamente chamados os lixões, ou os aterros controlados, espécie de intermediário entre os lixões e aterros sanitários considerados inadequados para dispor os resíduos por serem lesivos ao meio ambiente e ao solo.

É o caso, por exemplo, do município de Seabra, na Chapada Diamantina. Todos os dias, sete caminhões lotados despejam resíduos em um lixão que já existe há cerca de 20 anos, localizado às margens da BR-242, a cerca de 3km do município. O prefeito José Luiz Maciel Rocha (PSB), que está no segundo mandato, admitiu já ter perdido a conta da quantidade de lixo jogado no local. “Não sei quanto é, mas é muita coisa. Tem muito tempo que se joga tudo ali”, disse.

Com dívidas com o INSS da ordem de R$ 20 milhões, o prefeito afirmou ter dificuldades para implantar a coleta seletiva. “Estamos fazendo todos os esforços para tentar cumprir com os prazos. Mas além do prefeito, tem que ter a parte de consciência da população. Por isso pretendemos começar pela educação ambiental”, explicou.

Também na Chapada Diamantina, outro município que enfrenta dificuldades para resolver o problema do lixão é Lençóis, conhecido pela vocação turística e pelas belas paisagens. O lixão do município fica a 8 km do centro do município, na BA-850, rodovia estadual que liga a cidade à BR-242. Sem recursos, a prefeitura aposta em encontrar solução conjunta entre os municípios do chamado Consórcio Chapada Forte.

“A realidade dos municípios é bem parecida, todos têm lixão e nenhum tem dinheiro para construir um aterro próprio”, afirmou a prefeita Moema Rebouças (PSD). O plano que está sendo elaborado para a cidade prevê a implantação de uma fábrica de reciclagem. Sobre as possíveis punições, a prefeita afirmou que se preocupa, mas que está fazendo o possível para cumprir os prazos: “É de interesse de todos nós”.

Em Serrinha, no Centro Norte do estado, o prefeito Osnir Cardoso Araújo (PT) demonstrou preocupação com os prazos estabelecidos pela lei, afirmando que “fogem à realidade” dos municípios baianos. “Acabo percebendo dois erros na burocracia brasileira. Deputados, por pressão externas, acabam fazendo leis que municípios não aguentam. O outro erro é que há muito controle externo, o que acaba engessando a administração” criticou. “Ainda bem que a lei prevê isso, que é importante para o meio ambiente, mas não vejo como uma solução buscar punir os prefeitos em vez de abrir um debate mais franco”, questionou.

Para conseguir cumprir o prazo, o prefeito aposta em duas frentes: na aprovação de uma lei, em tramitação na Câmara dos Vereadores, punindo quem jogar lixo nas ruas e despejar os resíduos em lugares inadequados e na construção de um aterro regional.

O prefeito de Barreiras, Antônio Henrique de Souza Moreira (PP),questiona o prazo da Lei Nacional de Resíduos Sólidos. “Eles vão ter que dar mais um prazo. Isso tem que ser feito, não resta dúvida, mas estou achando o tempo muito curto”, disse. “Eu não conheço sequer um município, dos 417 da Bahia, que trate seu lixo como deveria”, afirmou.

Em Itacaré, a falta de recursos também acomete o município sulista. O prefeito Jarbas Barros (PSB) não divulgou a situação das contas do município, mas limitou-se a informar que precisa regularizar a situação no cadastro da União de municípios inadimplentes (Cauc). Segundo ele, a falta de informações prestadas pela gestão anterior levou o município ao cadastro, emperrando o repasse de recursos do governo federal. “A situação já deve ser regularizada nos próximos meses”, disse.

O prefeito de Itabuna, Claudevane Moreira Leite, conhecido como Vane do Renascer, também critica o rigor do Ministério Público e o do MMA. “Esse prazo está preocupando todos os municípios, porque a situação aqui no estado é, em geral, muito ruim. É claro, a lei precisa ser cumprida, mas a Justiça, o Ministério Público e a União também devem ver as dificuldades que os municípios estão passando”, reivindicou.

Faltam Técnicos

A prefeita de Valença, Jucélia Sousa do Nascimento (PTN), critica o prazo da lei e explica que a falta de técnicos capacitados para construir bons planos de gestão dos resíduos é um problema generalizado. “Não tem como cumprir esse prazo. Vai ser prorrogado, não é possível”, reclamou. “Os municípios têm tido dificuldade, porque não há técnicos capacitados e não temos nenhuma orientação do ministério”, criticou. Sobre a falta de técnicos, o Ministério do Meio Ambiente informou que começou a capacitar 400 profissionais, este mês, para ajudar os municípios a implantar seus planos de resíduos.

Municípios com aterro sanitário investem em outras ações

Municípios como Juazeiro, no Norte do Estado, e Barreiras, no Oeste, já possuem aterros sanitários, mas ainda lutam para melhorar as condições de gestão dos resíduos sólidos com a implantação de ações de coleta e educação ambiental, por exemplo. No ano passado, o prefeito de Juazeiro, Isaac Cavalcanti (PC do , conseguiu verba do governo federal para fazer a “remediação” do lixão, que existe há 20 anos.

O lixão ficava na estrada para a Ilha do Rodeadouro, a cerca de 15km do município. A ilha é uma das mais frequentadas do Rio São Francisco e possui vocação turística. Cavalcanti também garantiu recursos para construir um novo e moderno aterro sanitário, com capacidade para produzir energia.

O prefeito de Barreiras, Antônio Henrique de Souza Moreira (PP), admite que o aterro sanitário não foi tratado como deveria e agora está sendo recuperado. Na cidade, disposição de contêineres em alguns bairros da cidade evita que sacos com lixo fiquem espalhados pelas ruas.

Cidades buscam consórcios, mas evitam aterros nos seus limites

Municípios do Sul da Bahia, como Itabuna e Itacaré, também apostam no modelo de consórcio regional para dar fim aos seus lixões. Mas ainda não há definição onde será instalado o aterro sanitário comum às cidades. O prefeito de Itacaré, Jarbas Barros (PSB), quer recuperar a área que recebe os resíduos do município. “A nossa ideia é fazer uma central de referência no tratamento dos resíduos sólidos e tornar isso uma atração turística”, aposta.

Em Itabuna, há um lixão que já perdura há pelo menos 15 anos, próximo ao distrito de Ferradas. De acordo com o prefeito Claudevane Moreira Leite, conhecido como Vane do Renascer, a prefeitura realiza processo licitatório para contratar uma empresa privada para elaborar o plano de saneamento ambiental e resíduos sólidos.

No outro lado do estado, dívida com INSS impede a prefeitura de captar recursos para cumprir as regras da nova lei do lixo na cidade, que recebe multidões durante o São João. Apesar disso, a prefeita Karina Borges Silva (PSB) prevê que o plano de gestão dos resíduos do município ficará pronto em março de 2014.

A ideia, inicialmente, seria depositar o lixo em um aterro licenciado, em outra cidade, pelo menos enquanto a prefeitura não corrige o déficit nas contas.


Franklin C. Oliveira - Graduação Tecnológica em Gestão Ambiental, Técnico em Meio Ambiente e Certificado como Auditor Interno do Sistema de Gestão Integrado nas normas ISO 9001:2008, ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007. Possui experiência com Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Resíduos Eletroeletrônicos, Resíduos da Construção Civil, Elaboração de (PGRS, PGREE e PGRCC), Relatórios Ambientais, Monitoramento Ambiental em obras de Construção Civil de grande porte e em Áreas de Preservação Permanentes (APPs), Georreferenciamento, Equipamentos e Softwares de Monitoramento Ambiental (Global Positioning System – GPS, DNRGPS e BASECAMP), Elaboração, Implementação e Acompanhamento de Projetos e Programas Ambientais. Acesse: F.C.O - Técnico & Gestor Ambiental

Estudantes criam Projeto com o objetivo de conscientizar população sobre o lixo.

Perfil da fanpage do Projeto Os Caças Lixo.

Já pensou em fazer algo para mudar a realidade de Salvador? E que tal começarmos pelos lixos espalhados aos quatro cantos da cidade? Afinal, o lixo acumulado ainda é um grande problema na capital da Bahia, e o agravante é que o próprio cidadão contribui para que essa situação permaneça, ao jogar lixo nas ruas e fora dos horários de coleta.

Pensando nisso, Filipe Mendes, 22 anos, pós-graduado em História Social e Econômica do Brasil pela Faculdade São Bento da Bahia e Maiara Nascimento, 19 anos, estudante de História do segundo semestre da UFBA, criaram no dia 15 de setembro deste ano, o Projeto Os caças lixo, com o intuito de estabelecer um espaço de diálogo com os soteropolitanos, “apresentar soluções, denúncias e informações sobre os cuidados com o meio ambiente”.

“Acreditamos que a falta de conscientização dos moradores é um dos principais motivos das ruas estarem sempre sujas, mesmo com a coleta do lixo sendo efetiva, a população não colabora. Assim, decidimos agir e criar uma página (fanpage) na rede social Facebook”, destacou Maiara Nascimento.

A página auxilia na conscientização e na busca de soluções diretas em relação à coleta de lixo na cidade, com as denúncias realizadas pela própria população, além de divulgar e incentivar a mudança de hábitos.
“Por meio da fanpage recebemos as queixas da população com relação aos seus bairros, principalmente os periféricos, em relação à coleta de lixo, a falta da coleta seletiva e a sujeira nos transportes público e demais problemas”, explicou Filipe Mendes.

Os criadores do Projeto Os caças lixo também buscam parceira com a Prefeitura de Salvador, para poder ampliar e divulgar tal ação.

“Queremos tornar essa página um veículo oficial informativo da prefeitura da cidade de Salvador, onde a prefeitura pode ampliar e divulgar as suas ações ambientais assim a população tomará conhecimento e perceberá que a atual gestão preza pelo bem do município”, pontuam.

Principais ideias do Projeto Os caças lixo:

  • Criar de um calendário de ações ambientais principalmente em 2014, porque Salvador irá sediar a Copa do Mundo e assim terá atenção mundial;
  • Expandir a coleta seletiva em todos os bairros;
  • Buscar parceria com as prefeituras bairro;
  • Buscar parceria público e privada para ampliar e divulgar o projeto;
  • Promover mutirões em praias e bairros para a conscientização da população soteropolitana;
  • Valorizar os dias 5 de junho (Dia do Meio do ambiente) e 21 de setembro (Dia mundial da Limpeza das praias) com ações por todos os bairros da cidade como parte do programa Salvador Limpa Já!;
  • Promover ciclos de arte, palestras e shows beneficentes que exaltem a causa da preservação ao meio ambiente.

Processo seletivo para Programa de Resíduos Sólidos segue até dia 22 de novembro.


Municípios com interesse em participar do Processo Seletivo para repasse de recursos orçamentários e financeiros para o Programa de Resíduos Sólidos têm até o dia 22 de novembro para concluir sua inscrição. A confirmação foi transmitida pelo Ministério da Saúde para a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. O Programa visa contribuir para a melhoria das condições de saúde da população, com a implantação de projetos de coleta, transporte, destinação e disposição final adequada de Resíduos Sólidos.

Conforme a portaria nº 1225/2013 da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), publicada no DOU do dia 23/10/13 serão selecionadas apenas propostas que contemplarem soluções integradas para os sistemas a serem financiados abrangendo os investimentos necessários, de forma que sejam capazes de entrar em funcionamento adequado – da coleta à destinação final/disposição final – imediatamente após a conclusão dos serviços, além de atenderem aos objetivos sociais e de salubridade ambiental.

O processo seletivo obedecerá às seguintes etapas: cadastramento e envio das propostas, pelo proponente, no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv); análise da viabilidade das propostas cadastradas; divulgação dos proponentes selecionados e convocação para entrega de projetos. 

Para acessar a portaria 1225 clique aqui: FUNASA

Para acessar o Siconv clique aqui: SICONV

(Fonte: Subchefia de Assuntos Federativos) 

Fonte direta: UPB

Saiba o que rolou na 4ª CNMA. Catadores enfrentam preconceito. Mas, aos poucos, mudam de status.


Painel discute a situação de homens e mulheres e as dificuldades enfrentadas por eles

“O Brasil não pode levar 21 anos para implantar a Política Nacional de Resíduos Sólidos, como levou para aprovar a lei no Congresso”, destacou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante debate na 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que se realiza em Brasília até domingo (27/09). Ela chamou a atenção para a necessidade de um debate amplo, envolvendo opiniões diversas, na busca de soluções para os problemas enfrentados. “A conferencia tem que ser marcada pela oportunidade de todos mostrarem seus pontos de vista. É importante que nós possamos ouvir a todos. Que todos possam se pronunciar, que todos possam falar e oferecer soluções para os resíduos”, acrescentou.

Segundo a ministra, esta é a maior conferência já realizada pelo setor. São 200 mil pessoas envolvidas diretamente, de todas as unidades da federação. E fez questão e destacar a participação dos catadores: “Havia, e ainda há, é importante que se diga, preconceito. Mas por outro lado, a sociedade começa a ver nos catadores como mais do que um agente social de transformação, mas um agente que resolve muitos dos problemas que nós, sociedade, causamos no nosso dia a dia”.

O painel “Os catadores na gestão de resíduos sólidos – de excluídos da sociedade a empreendedores da reciclagem”, tratou da situação da categoria no Brasil e contou a apresentação de pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Economia Aplicada  (IPEA) sobre o setor, apresentada pela pesquisadora Fernanda Góes.

Fonte: 4ª CNMA

Saiba o que rolou na 4ª CNMA. Logística reversa só será possível com muito diálogo, salienta ministra.




Dialogar as divergências. Essa foi a proposta levantada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante o Ciclo de Debates que aconteceu nesta sexta-feira (25/10), na 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), em Brasília (DF).  Um dos temas foi a logística reversa: o caminho de volta que o produto percorre após ser vendido e descartado. A ministra destacou que, se um produto é vendido para qualquer lugar do país, ele também deve ser recolhido após o consumo. “Temos que criar várias alternativas para construir um novo caminho para a logística reversa se concretizar”, disse. “Esse desafio é urgente”.

A ministra enfatizou o papel do Ministério do Meio Ambiente (MMA) como protagonista no diálogo para construir uma estratégia de logística reversa e inclusão social. O vice-prefeito de Niterói (RJ), Axel Grael, reforça a ideia de quem fornece tem a responsabilidade de retirar. “Assumir as responsabilidades é fundamental para que a gente avance nos acordos setoriais”, destacou. Também enfatiza a importância de todos os segmentos participarem desse processo, incluindo o cidadão.

Retorno - “A logística reversa acontece mediante retorno”, afirmou o diretor da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), André Luis Saraiva. Por isso, a importância da mobilização social e a participação do consumidor. Uma das ações apresentada durante o painel foi a do Instituto Jogue Limpo, que está implantando a logística reversa de embalagens plásticas de óleos lubrificantes, primeira cadeia a ser estabelecida já na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Ezio Camillo, representante do instituto, aponta que o programa já recolheu 229 mil embalagens.

Outra experiência apresentada foi a do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), que recolhe embalagens de agrotóxicos. Atuação que já acontece antes da lei da PNRS, destaca o representante João Cesar Rando. André Vilhena, do Compromisso Empresarial com a Reciclagem (Cempre), disse que o modelo brasileiro tem um contexto inovador, que é o social, com a inclusão dos catadores de material reciclável. “Desenvolvimento sustentável é pensar em longo prazo”, concluiu. “Todos os setores que compõem a sociedade – consumidores, fabricantes, distribuidores, comerciantes, importadores e governo – são responsáveis pelos produtos desde a sua produção até o descarte do resíduo”.

Fonte: 4ª CNMA

Saiba o que rolou na 4ª CNMA. Reciclar os resíduos da construção civil proporciona lucro ambiental.


Setor privado passa a seguir decisão do Conama. Parte dos rejeitos já é reutilizada

O crescimento acelerado dos resíduos produzidos em obras de engenharia, especialmente nos grandes centros urbanos, foi alvo de debates e propostas de solução no painel “A construção civil e seu papel na Política Nacional de Resíduos Sólidos”, na manhã desta sexta-feira, durante a 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que acontece até domingo (27/10), em Brasília. A representante da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Lilian Sarrouf, falou que, a partir de agora, a gestão dos resíduos Do setor será feita de forma diferenciada, tendo por base a Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 2002.

Lilian Sarrouf afirmou que a medida abriu o debate sobre a questão ambiental para o setor da construção civil. “Agora o objetivo principal é buscar a não geração de resíduos, reduzir e reutilizar”, disse. Entre as diretrizes estratégicas propostas pelo setor estão a eliminação de 100% das áreas de disposição irregular até 2014, implantar aterros classe A em todos os 5.565 municípios; reutilizar e reciclar a totalidade dos resíduos de construção; elaborar planos de gerenciamento de resíduos e de diagnóstico quantitativo e qualitativo de geração, coleta e destinação dos resíduos até 2015.

Consórcio - O representante do Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Vale dos Sinos (Pró-Sinos), Maurício Prass, apresentou a experiência dos 27 municípios que se uniram em parceria e montaram uma usina de reciclagem para dar destinação aos resíduos da construção civil. O debate foi enriquecido com as informações apresentadas pelo professor da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), Valdir Schalch, que desenvolve trabalhos de gerenciamento de resíduos sólidos.

Schalch disse que é preciso dar tratamento ambientalmente adequado a esses resíduos de construção. “Estes resíduos não são tão inertes e podem poluir o meio ambiente, como ocorre com os rejeitos do gesso”. Seu colega e professor da Escola Politécnica da USP, Sérgio Ângulo, lembrou que usinas de reciclagem estão surgindo em cidades de médio e grande porte. Segundo ele, é possível implantar estruturas semelhantes e de baixo custo para atender às necessidades das pequenas cidades brasileiras, que somam mais de 90% dos 5.565 municípios do país.

O vice-prefeito de Belo Horizonte e secretário municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros, declarou que a capital mineira tem um programa de reciclagem e coleta de entulhos da construção civil funcionando desde 1993. Foram construídas, na região, três usinas de reciclagem de entulho, que retiram material em 31 unidades de recolhimento. Em 2012, foram processadas 104 mil toneladas de resíduos, sendo que 90% do material selecionado e triturado foram reaproveitados.

Fonte: 4ª CNMA

Saiba o que rolou na 4ª CNMA. Geração de energia a partir do lixo é arriscada por causar danos à saúde.


Medida só deve ser usada em último caso, depois de esgotadas todas as alternativas.

A geração de energia pode ser usada como uma das soluções para a destinação dos rejeitos finais depois de esgotadas as possibilidades de reciclagem e reaproveitamento. A implantação de métodos alternativos, as condições e os riscos ambientais e à saúde humana foram discutidas, nesta sexta-feira (25/10), por especialistas e gestores públicos no painel “Recuperação Energética de Resíduos Sólidos Urbanos” da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA). O evento ocorre até domingo (27/10), em Brasília, com o objetivo de envolver governo e sociedade civil nas políticas e questões ligadas ao descarte e tratamento de resíduos no país.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou que a recuperação energética é uma alternativa depois de esgotados todos os meios de destinação dos resíduos produzidos nas cidades e sem deixar de fora os catadores envolvidos no processo. “É preciso discutir as oportunidades de gerar energia, os custos e as questões de viabilidade e definir o que é possível fazer além de tudo aquilo que a reciclagem já conseguiu se apropriar”, afirmou a ministra.

Compromisso - A incineração poderá ocorrer nos casos em que todas as alternativas para os rejeitos já tiverem sido realizadas. “O compromisso do Ministério do Meio Ambiente é assegurar o papel dos catadores”, ressaltou a ministra. As discussões realizadas na conferência subsidiarão as medidas que o governo federal adotará em relação ao tema.

Para Izabella, o envolvimento de diversos segmentos da sociedade é essencial na destinação dos resíduos não recicláveis. “A riqueza do debate é mostrar os vários caminhos com a inclusão de todos os atores sociais, que incluem os catadores, prefeitos, parlamentares, empresários e ambientalistas”, enfatizou.

O pesquisador do Núcleo de Resíduos da Universidade Federal de Pernambuco Felipe Maciel destacou que o processo deve ser escolhido de acordo com natureza do rejeito. “A primeira coisa é valorizar o lixo e trabalhar tudo o que for possível no que diz respeito à reciclagem”, defendeu. “Os processos variam. Não existe tecnologia boa, nem ruim. Cada uma tem que ser usada adequamente.”

Fonte: 4ª CNMA
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