O QUE SÃO RESÍDUOS SÓLIDOS?
Há alguns anos nossa sociedade descobriu que o lixo não é exatamente algo que se possa descartar em qualquer local, sem as devidas precauções. Os chamados “lixões”, que ainda persistem em diversas cidades brasileiras, são na verdade uma ameaça à saúde pública. Eles são fonte de poluição de diversos tipos. Podem contaminar não só o solo, mas também a água subterrânea, os córregos e rios, e o próprio ar, pela produção de gases prejudiciais ao homem e ao meio ambiente.
Além disso, a própria palavra lixo não serve mais para definir o material descartado diariamente pelas residências, empresas e órgãos públicos. Tudo o que no passado aprendemos a chamar de lixo deve ser chamado atualmente de “resíduo sólido”. Hoje, os especialistas asseguram que qualquer que seja o resíduo sempre haverá uma destinação mais adequada para ele do que simplesmente descartar. Da reutilização à geração de energia, tudo tem valor e pode inclusive tornar-se fonte de renda.
Desperdício que gera problemas.
Os especialistas asseguram que “lixo não existe, mas sim matéria prima não aproveitada”
QUE TIPOS DE RESÍDUOS GERAMOS?
QUE TIPOS DE RESÍDUOS GERAMOS?
Existem diversos tipos e classificações para os resíduos sólidos, de acordo com a sua origem, natureza ou periculosidade.
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)
São originários de estabelecimentos comerciais, domicílios e da limpeza urbana (varrição de logradouros e vias públicas e outros serviços públicos de limpeza) e podem ser divididos pela composição química em:
* Orgânicos
Compostos por alimentos e outros materiais que se decompõem na natureza, tais como cascas e bagaços de frutas, verduras, material de podas de jardins, entre outros;
* Inorgânicos
Compostos por produtos manufaturados, tais como cortiças, espumas, metais e tecidos;
* Resíduos Sólidos Industriais
Resultantes dessa atividade, podem estar em estado sólido ou semissólido, e incluem lodos e alguns líquidos contaminantes, que não podem ser lançados na rede pública de esgotos ou corpos d’água.
RESÍDUOS ESPECIAIS
Os resíduos são classificados também pelos riscos que representam para o meio ambiente e a saúde pública. Eles podem ser provenientes de atividades industriais, hospitalares, agrícolas, entre outras, e exigem cuidados especiais no seu acondicionamento, transporte, tratamento e destino final. A Norma NBR-10 004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), classifica esses resíduos conforme descrição a seguir.
Classe I
Perigosos: apresentam riscos de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, entre outras características. Devem ser destinados a aterros especiais ou queimados em incineradores específicos para esse fim.
Classe II
Não inertes: materiais ferrosos e não ferrosos com características do resíduo doméstico.
Classe II B
Inertes: não se decompõem ao serem dispostos no solo, como os da construção civil.
Rejeitos
São resíduos que não podem ser reaproveitados ou reciclados, devido à falta de tecnologia ou viabilidade econômica para esse fim, como absorventes femininos, fraldas descartáveis e papéis higiênicos usados.
Fonte: Cartilha Sebrae Gestão de Resíduos Sólidos