Elaboração:
Franklin do Carmo Oliveira
CÓDIGO
DE CONDUTA. Produção de F. Gary Gray. [s.l.]: Imagem Filmes, 2009. 1 DVD (108 min.), Widescreen,
color.
O filme Código de Conduta conta a história
de um pai de família, Clyde Shelton (Gerard Butler), que tem sua vida
complemente transformada após uma invasão em sua casa, onde testemunha
brutalmente o assassinato de sua mulher e filha por dois marginais. Os dois
suspeitos são presos, mas devido ao sistema judicial falho apenas um dos
assassinos é condenado à morte e outro é condenado a mais ou menos cinco anos
de prisão. No decorrer do início do filme as próprias palavras do advogado e
promotor público Nick Rice (Jamie Foxx) dizem exatamente como é o sistema
judicial e como ele funciona. Na conversa com seu amigo e colega de trabalho Jonas Cantrell ele diz: “É um sistema imperfeito”, já na primeira conversa com Clyde diz: “Sinto muito o acordo já está feito”, “Eu sinto muito já fiz o acordo”, “É assim que o sistema funciona” após
sozinho, ter tomando a decisão de fazer um acordo sobre o caso da morte da
mulher e filha de Clyde sem mesmo tê-lo consultado antes.
Levando como partida essa decisão do
advogado e promotor público Nick, e mais outros dois momentos do filme serão
ditos a Ética e a Moral de cada um desses momentos.
1° Momento: Decisão e acordo feito pelo
advogado e promotor público Nick sobre o caso da morte da mulher e filha de
Clyde sem mesmo tê-lo consultado antes.
Ética e Moral: Antes de ter tomado a decisão de
fazer um acordo com o criminoso, Nick deviria antes ter tido uma conversa com
Clyde para que ambos decidissem qual melhor seria o acordo ou decisão a tomar,
mesmo por que o caso envolvia a família de Clyde. Sendo assim, não foi ético da
parte de Nick ter tomado sozinho à decisão de fazer o acordo, achando esta
seria a melhor decisão para o caso, nem mesmo ter feito esse acordo sabendo que
o bandido era culpado. Por outro lado a decisão tomada por Nick no ambiente
judicial foi moral já que fazer um acordo está dentro das normas judiciais e
sociais.
2° Momento: Dez anos se passam e Clyde
decide aparecer e fazer justiça com as próprias mãos eliminando todos os
envolvidos pelo inquérito que livrou um dos assassinos. Com a execução do
segundo assassino, Clyde é procurado e considerado o principal suspeito, sendo
assim, já esperando por sua prisão, ele aguarda em uma de suas residências, não
sabendo todos, que tudo faz parte de um plano elaborado por Clyde. Seu plano é
fazer com que todo sistema judicial corrupto cai sobre Nick o promotor como o
mesmo diz em uma das conversas com Nick: “Eu
vou acabar com o sistema, eu vou fazer todo esse sistema corrupto cair sobre a
sua cabeça, vai ser bíblico”.
Ética e Moral: Mesmo tendo presenciado sua mulher e
filha serem mortas e todo o sofrimento que passou a decisão de Clyde de fazer
justiça com as próprias mãos eliminando todos os envolvidos no caso não foi uma
atitude certa. Mesmo Clyde acreditando ter tomado uma atitude ética, não é
ético tirar a vida de outras pessoas, e também, neste caso não é moral.
3° Momento: Próximo o final do filme, a Prefeita
elabora uma reunião de segurança junto com as autoridades, essa reunião ficava
localizada no 6° andar, na sala de convenções onde a mesma decide tomar
qualquer providência junto às autoridades que eliminasse de vez Clyde Shelton.
Ética e Moral: Diante de toda a situação em que se
encontrava o caso, a Prefeita decide então tomar qualquer providência que
eliminasse Clyde Shelton de sua cidade como dito em suas próprias palavras: “Tenho uma pergunta simples: Por que Clyde Shelton ainda está na minha cidade? Eu me
recuso a acreditar que um homem seja mais inteligente do que o departamento de
segurança nacional, o FBI ou o departamento de polícia da Filadélfia, não
importa como vamos fazer ou que justificativa obscura vamos usar senhores, não
importa que leis teremos que violar, sei que existe algum artigo da lei de
segurança nacional ao qual possamos recorrer, tirem-no daqui até amanhã”. Diante
da dificuldade de parar Clyde a decisão na qual a prefeita pretendia tomar foi
moral naquela circunstância, já que Clyde era considerado uma ameaça e estava
provocando pânico em toda sociedade, porém ela poderia acabar tomando atitudes
antiéticas para conseguir resolver essa situação.