Os aventureiros do Monte Everest precisam abrir os olhos para o lixo que deixam no caminho durante as escaladas. Segundo informações de um grupo de voluntários ambientais, o Saving Mount Everest, as pessoas lançam no local cerca de 50 toneladas de lixo anualmente, o que inclui garrafas de oxigênio, equipamentos e embalagens de alimentos.
As garrafas de oxigênio utilizadas pelos alpinistas estão entre um dos resíduos mais descartados
Quem ama as alturas e os esportes radicais já pensou certamente em se aventurar no Monte Everest, considerado o pico mais alto da Terra. Mas os aventureiros precisam abrir os olhos para o lixo que deixam no caminho durante as escaladas. Segundo informações de um grupo de voluntários ambientais, o Saving Mount Everest, as pessoas lançam no local cerca de 50 toneladas de lixo anualmente, o que inclui garrafas de oxigênio, equipamentos e embalagens de alimentos.
Todos esses resíduos têm ameaçado o ecossistema do Himalaia. Frente ao problema, o governo nepalês vem forçando os turistas a assumirem a responsabilidade pelos seus equipamentos. Mas foram os voluntários que colocaram a mão na massa e deram início a uma missão de limpar e salvar umas das maiores atrações do mundo.
A prioridade do projeto de conservação, lançado oficialmente em 2010, está na gestão dos resíduos sólidos e no apoio e fortalecimento das comunidades locais. Após três anos de trabalho, que desafiaram muitas vezes a morte, escalando picos traiçoeiros para executar a limpeza, o serviço está agora em fase de conclusão.
O grupo já conseguiu retirar quase 10 toneladas de lixo, além de introduzir técnicas seguras de gestão de resíduos nas aldeias locais com a criação de 15 centros de tratamento de resíduos. Espera-se que, no Verão, a missão do grupo esteja concluída.
Os voluntários estão trabalhando ainda junto ao governo nepalês para emitir sanções mais severas para quem poluir a montanha. Apesar dos receios de que os turistas continuem a destruir o Everest e as áreas circundantes, milhares de habitantes dependem ainda desse impulso econômico.
Mais uma vez, a manutenção de um bem natural depende exclusivamente dos homens e suas ações.
Fonte: iBahia