Que a fumaça dos carros e indústrias nas cidades grandes faz
mal aos pulmões não é nenhuma novidade. Porém, os médicos estão cada vez mais
preocupados com os efeitos indiretos da poluição na saúde.
Um
estudo publicado nesta quinta-feira (15) pela revista da Sociedade Torácica
Americana alerta para o crescimento de doenças relacionadas principalmente ao
aquecimento global. O artigo é assinado por especialistas não só dos EUA, mas
também da Europa, da Ásia e da África.
Uma das ameaças é o aumento da quantidade de material
particulado no ar, que pode fazer crescer o número de casos de asma. Esse tipo
de poluição tende a crescer com a fumaça das queimadas e com as tempestades de
areia causadas pelo avanço da desertificação.
O aquecimento também serve para espalhar problemas típicos de
regiões quentes. Um bolor típico da América Central – que provoca alergia e
asma – já foi visto até no Canadá. Na Europa, doenças infecciosas do
Mediterrâneo, no sul do continente, já chegaram à Escandinávia, no norte.
Outro risco é a maior ocorrência de desastres naturais como
furacões e enchentes. Esses eventos levam a epidemias de doenças infecciosas,
com sérias consequências para a saúde pública.
“Nossa maior preocupação é com as crianças, os idosos e
outras populações sensíveis. Eles serão os primeiros a experimentar os sérios
problemas de saúde relacionados à mudança climática”, afirmou Kent Pinkerton,
um dos autores do estudo, em material divulgado pela Universidade da Califórnia,
em Davis (EUA), onde ele trabalha.
Não se esqueça de conferir na próxima segunda-feira (26) a semana sobre Aquecimento Global e Mudanças Climáticas aqui no Sou Ecológico. Aproveite e cadastre o seu e-mail para receber as notícias diretamente nele.