Cerca
de 450 elefantes foram mortos recentemente por caçadores ilegais no Parque
Nacional Bouba Ndjida, no norte de Camarões,
denunciou nesta terça-feira o organismo responsável da Convenção sobre o
Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagem (CITES).
Esse massacre em massa não é um fato isolado e faz parte de
"uma tendência que foi detectada ultimamente em vários países, onde
caçadores dotados de armamento sofisticado dizimam a população de
elefantes", disse o diretor-geral da CITES, John Scanlon.
Os elefantes são cobiçados pelo marfim de suas presas, que
não só é trocado por dinheiro, mas também por "armas e munição destinadas
a conflitos em países vizinhos", afirmou o responsável do organismo,
dependente da ONU.
Embora
o aumento da captura de elefantes seja dramático em Camarões, os outros 38
estados africanos que tem populações destes animais também estão envolvidos.
"Os elefantes foram massacrados por grupos vindos do
Chade e Sudão nas últimas semanas, aproveitando a temporada de seca",
segundo informou o CITES, que tem seus escritórios em Genebra.
A Secretaria da CITES também informou que está em contato com
os ministérios de Florestas e Vida Silvestre de Camarões, Chade, a República
Centro-Africana, a República Democrática do Congo e Sudão para oferecer-lhes cooperação
e ajudar a reprimir a caça ilegal e o tráfico além da fronteira.
Fonte: G1 Natureza