4 Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA) 2013 - Resíduos Sólidos.

O Reprocessamento do Efluente dos Dessalinizadores

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09 agosto 2011

Mini Artigo

 Tema Principal: O Reprocessamento do Efluente dos Dessalinizadores
Elaboração: Ana Carla Fontana e Franklin Oliveira
Curso: Curso Tecnológico em Gestão Ambiental - 3° Semestre
Disciplina: Gestão de Recursos Hídricos

Nota!

Este mini artigo foi elaborado em cima de dois temas:

1. A importância de tecnologias alternativas associadas à gestão dos recursos hídricos.
2. A tecnologia para aproveitamento do efluente de dessalinizadores para o cultivo de peixes.



O REPROCESSAMENTO DO EFLUENTE DOS DESSALINIZADORES

RESUMO

Os efluentes do processo de dessalinização que antes eram lançados sem tratamento nos corpos d’água, agora estão sendo utilizados para a criação de peixes do tipo Tilápia Rosa, através de dois métodos desenvolvido pela EMBRAPA Semi-Árido, gera renda para a população local a partir da comercalização; e também é utilizado o efluente para a produção de sal doméstico após passar por um processo de evaporação e decantação.

Palavras-chave: Dessalinizadores. Tecnologias Alternativas. Recursos Hídricos.

1. A IMPORTÂNCIA DE TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS ASSOCIADAS À GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

            A Gestão de Recursos Hídricos é destinar ações para regular o uso, controle e proteção dos recursos hídricos, fomentando a recuperação e a preservação das características das águas. A água é um bem público, porém limitado, a sua contaminação está tornando-a cada vez mais imprópria para o consumo humano.
            A Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, conhecida  também como Lei das Águas,  institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e é composta por fundamentos, objetivos, diretrizes, instrumentos, dentre outros fatores que determinam como este recurso natural deve ser utilizado.
A fim de minimizar os impactos causados aos recursos hídricos, as indústrias procuram adequar suas atividades com o uso de tecnologias alternativas, visando a não contaminação das águas pelos seus efluentes.
            Com o uso das tecnologias alternativas, procura-se planejar o uso dos recursos hídricos, garantindo o tratamento dos efluentes antes de lançá-los nos corpos d’água, garantindo os padrões de qualidade e quantidade da água.


2. A TECNOLOGIA PARA APROVEITAMENTO DO EFLUENTE DE DESSALINIZADORES PARA O CULTIVO DE PEIXES

A piscicultura é um ramo da aquicultura que se preocupa em cultivar os peixes, que movimenta a indústria externa. A piscicultura é dividida em três tipos: piscicultura extensiva, onde a produção pode ser natural ou artificial sendo feita em grandes reservatórios, sem controle na reprodução. A piscicultura intensiva, focando a máxima produção por unidade de área, e a piscicultura semi-extensiva, onde o manejo é facilitado devido o uso de técnicas simples e existe toda uma preocupação em todos os processos. 
 A EMBRAPA Semi-Árido desenvolveu dois métodos para cultivar a espécie de peixe Tilápia Rosa em água salobra (efluente de dessalinizadores):
·           O primeiro método utiliza um sistema com troca intensiva de água, indicado para locais onde possui água em abundância e poços de vazão de aproximadamente 10 m3/h. os peixes são sensíveis ao teor de oxigênio na água, por isso, a taxa de renovação deve está em torno de 10%.
·           O segundo método usa aeradores que realiza a oxigenação do oxigênio, indicados para poços de vazão de 3 a 5 m3/h,o que reduz a troca diária da água para 3%, suficiente para manter a oxigenação da água, necessário para a sobrevivência dos peixes.
A criação da Tilápia Rosa na água salobra deve seguir as técnicas básicas da piscicultura tradicional, segundo os pesquisadores da EMBRAPA Semi-árido.

3. A TECNOLOGIA DO APROVEITAMENTO DO EFLUENTE DE DESSALINIZADORES PARA A SEPERAÇÃO DE SAIS

Esta tecnologia realiza a separação e o reaproveitamento dos sais presentes nos efluentes dos dessalinizadores. No processo que a EMBRAPA realiza, o efluente do dessalinizador é encaminhado para tanques onde ocorre o processo de evaporação e decantação para separar os diversos sais na água salina. A próxima separação é realizada por precipitação, em uma série de tanques, adicionando cloro que reage com o sal. O efluente é exposto durante determinado tempo sobre a luz solar, ocorrendo o processo de evaporação e ao mesmo tempo, as substâncias se depositam no fundo do tanque que posteriormente são retiradas para outro tanque, dando inicio a fase de mineralização, se transformando do sal doméstico.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização de tecnologias alternativas para realizar o aproveitamento dos efluentes dos dessalinizadores, é um grande benefício para o meio ambiente e para a sociedade, pois reutiliza o efluente para a criação de peixes do tipo Tilápia Rosa (gerando renda para a população local com a sua venda) e a produção de sal doméstico, ao invés de lançá-lo em corpos d’água.

REFERÊNCIAS

Gestão de Recursos Hídricos. Portal Educação. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/5703/gestao-de-recursos-hidricos>. Acesso em: 24 mai. 2011.

Política Nacional de Recursos Hídricos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/Leis/L9433.htm>. Acesso em: 30 mai. 2011.

Piscicultura. Ambiente Brasil. Disponível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/ agua/artigos_agua_doce/piscicultura.html>. Acesso em: 28 mai. 2011.
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Franklin Oliveira

Técnico em Meio Ambiente, Gestor Ambiental, Consultor Ambiental Autônomo, Auditor Interno de Sistema de Gestão Integrado nas normas ISO 9001:2008, ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007, atua na elaboração, implementação e acompanhamento de projetos e programas ambientais voltados à sustentabilidade, educação ambiental, impactos ambientais, gestão de riscos ambientais e gerenciamento de resíduos sólidos.

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